A competição na relação pode ser saudável. Sobretudo quando ambos sentem motivação para avançar tanto profissionalmente como intelectualmente. Entretanto, nem sempre o estímulo é positivo. E o desconforto causado pela adversidade passa a prejudicar a convivência.
Cada qual, tomado pelas próprias vontades ou vaidade, deixa de atuar em equipe e passa a se comportar como adversário. O embate acontece e dá vazão a atitudes corrosivas que comprometem o bom andamento da relação.
No entanto, neste emaranhado conflituoso, vale refletir sobre “para onde estão caminhando”.
A base da estrutura conjugal precisa ser fortalecida até a sua consolidação.
Casais felizes e que vivem em paz têm propósitos em conjunto. Ou seja, se eu me sinto parte dos projetos do amado, torço por seus êxitos e progresso. Ao contrário isso pode causar insegurança. Até que ponto vale a pena incentivar alguém com vontades individualistas? Afinal, o êxito de um pode causar no outro a impressão de que a relação está próxima do fim…
O distanciamento intelectual ou cultural é um dos fatores que também colabora para o declínio da parceria. Aquele que se sente diminuído tende a não apoiar o companheiro. Portanto, é muito importante investir em si mesmo para ganhar auto confiança. A falta da evolução pode afastar as pessoas.
Dicas para melhorar a parceria
– Dediquem de uma a duas vezes por semana a relação. E reservem um tempinho a dois, sem interferências de celular, filhos, amigos ou parentes. É preciso distrair a mente com momentos que promovam prazer para o casal.
– Invistam na comunicação. Ainda que não concordem entre si, busquem compreender. Sejam gentis e empáticos.
– Em comum acordo, combinem qual será a hora certa para falar sobre assuntos que dizem respeito aos interesses do casal e lembrem de trazer apenas um assunto por vez.
– Não dê a sua opinião sem ser convidado. Sugestões são bem vindas somente se for invocado.
– Inclua o parceiro em suas conquistas. Ex.: Se for gratificado, compartilhe com ele. Façam combinados nesse sentido. Quais serão as regras desse modelo de parceria? Definam entre si o que cada um ganhará com isso.
– O regime de união (estável, comunhão parcial ou separação total) deve ser reavaliado e formalizado. Desta forma, poderão traçar metas e objetivos, individuais e em comum.
A democracia é sempre a melhor saída quando se trata de igualdade de direitos na relação e que precisa ser constantemente ajustada – daí a necessidade de proteger o direito da mulher e contestação com bastante cuidado, apesar das tensões que isso pode gerar no sistema patriarcal. Esta é uma política que se constrói, como um ato de ajustes a mudança de hábitos adequados a nova cultura do casal, e que determina que a única parceria justa é aquela que experimenta a ruptura com padrões originais ultrapassados e investe na inovação.