A difícil tarefa de conviver com os ”donos da razão”

Cris, minha esposa é muito infantil 

“Cris, eu não tenho mais a mesma admiração pela minha esposa. Ela é infantil e fútil.

Estou cercado de mulheres fortes e maduras. Não estou mais nem aí para esse casamento. 

Quer saber? Ainda não me separei por causa da nossa filha… Só por isso.”

A esposa não narra a mesma versão… Juliana está farta das grosserias do marido e conta que a situação se agrava ainda mais na frente dos amigos. Enquanto Dênis diz que sua esposa não o ouve, Juliana diz que o marido fala em tom autoritário e de deboche.

Tudo o que Dênis espera é que sua esposa declare ao mundo que ele é o cara.

“Cris, fizemos uma viagem incrível. Eu adoraria que ela agradecesse, que demonstrasse mais gratidão.”

Dênis, adoraria exibir o sucesso de seu casamento, tal como exibe seus êxitos materiais (carro, barco, avião, propriedades etc).

Dono de uma história admirável de superação, o jovem rapaz espera por elogios e palavras que o afirmem.

Juliana o conheceu ainda menina. Filha de família nobre e tradicional no Rio de Janeiro, a bela jovem não ostenta riqueza. Juliana é médica (servidora pública), simples, inteligente e conta com a segurança da escolha que fez profissionalmente. 

No entanto, Dênis, a cada ano que passa, progride e assume as responsabilidades da família.

Enfim, dê ao homem poder e descubra quem ele é!

Essa premissa se encaixa muito bem na história desta família. 

Tanto que a sensação que Juliana tem é de que seu marido gosta de depreciá-la, ao invés de colocá-la pra cima. 

Dênis faz questão de honrar com os compromissos financeiros da família e declara:

“Minha mulher não tem que colocar dinheiro na minha mão não, pois não quero que um dia me jogue qualquer coisa na cara. Prefiro que pague o que quiser em casa. Quando casamos ela assumia as despesas com a funcionária e algumas poucas contas. Hoje, pede pra eu pagar com a justificativa de que a fatura do cartão de crédito veio mais alta do que imaginava. Ela que aprenda administrar seu dinheiro, não sou eu não quem vai fazer o papel de professor.” 

Trazer a cultura original para a família atual não costuma dar certo em tempos modernos. Dênis aplica sua cultura rígida, de origem, na realidade atual que escolheu para a sua vida. Se continuar a agir desta forma, estarão fadados ao fracasso. 

Qual é o problema de Juliana ainda se mostrar menina (como diz em forma de crítica)?

Qual é o problema em Juliana demonstrar cansaço, ao invés de se mostrar a fortaleza ou super mulher como ele gostaria? Dênis adoraria ter uma esposa igual as mulheres que o rodeiam. Ele declara que todas elas são super multi tarefas e não reclamam. “Isso sim é uma mulher de verdade.” Só faltou soltar a frase: Amélia que era mulher de verdade!

Dênis, você é o defensor da sua família. Entendo que democracia deve existir em toda parte, sobretudo no casamento. Porém, por que insiste em levar uma vida de alto padrão, se o preço que todos devem pagar é conviver com a sua rigidez?

Juliana foi a sua mola propulsora nos negócios, não se esqueça… Por ela, saltou incrivelmente para um patamar jamais esperado. 

Não devemos cuspir no prato que comemos. 

Hoje, pode sim inverter os papéis e ensinar sua esposa a se reeducar financeiramente. Cada qual dando um pouquinho de si, daquilo que se aprende nesta vida. Inicialmente, ela deu muito daquilo que você nunca teve. Juliana te acolheu e te mostrou um mundo ainda não visto por você… 

Cuidado para não achar que já está pronto. Suas máquinas de consumo estão todas prontas, as mulheres que o cercam ainda não vomitaram a ira da mulher sobrecarregada e abusada pelo entorno, uma doença ainda não chegou a fim de ver quem estaria de fato ao seu lado… Enfim, humildade e mais gratidão a vida. 

Ou a vaidade, ou a estabilidade…

Escolha!

 

https://youtu.be/8V5a6PRtmQM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *