Os opostos se atraem.
Será?
Até que ponto essa ideia é verdadeira?
Será que é de fato possível que exista amor entre duas pessoas extremamente diferentes uma da outra?
Será que isso tudo não passa de uma idealização criada e cultivada ao longo dos anos através de obras de ficção e romance?
Para chegarmos a uma resposta, precisamos desconstruir algumas lendas.
Primeiramente, tomemos exemplos da vida real…
Baseie-se nos casais que você conhece. Os que estão no seu círculo de amizade, ou seus pais, por exemplo.
Comece a reparar um pouco no comportamento desses casais.
Tenha em mente que não estou falando de nenhuma análise psicológica profunda, mas sim em apenas um olhar mais cuidadoso.
Inevitavelmente, você perceberá diversas semelhanças entre os comportamentos e gostos do casal referido.
Será possível notar também que, até em casais com diferenças entre si bem evidentes, ainda há semelhanças igualmente perceptíveis.
Ou seja…
Não precisamos ir muito longe para perceber que todo esse papo de se apaixonar pelo seu completo oposto não passa de uma fábula hollywoodiana das mais idealizadas.
Sim. É completamente viável que uma pessoa se apaixone por alguém com menos afinidades do que o “normal”, mas pode ter certeza de que, ao menos algumas, existem.
Assim como as desigualdades sempre irão existir em uma relação na qual as partes envolvidas vivem em “perfeita” harmonia.
Afinal, essa história de casamento perfeito e sem brigas é tão idealizada e hollywoodiana quanto “Os opostos se atraem”.
Por mais perfeita e harmoniosa que pareça a relação entre duas pessoas, pode ter certeza de que, pelo menos alguma vez, em seu convívio, já passaram por algum conflito, ou ainda vão passar.
Se você acha que não, é porque não conhece a fundo a história do casal.
Pode confiar em mim.
Ao longo dos anos, tive o prazer de conhecer e atender os mais diferentes tipos de casais.
Todos tinham uma única coisa em comum:
Em algum momento, já haviam passado por algum desentendimento em sua convivência.
Todo mundo lida com divergências e contrastes em seus relacionamentos amorosos.
A grande jogada está em aprender a lidar com elas de modo a usá-las a seu favor. Ou a favor do casal, num cenário ainda mais amplo.
E é esse o grande diferencial daquele seu casal de amigos “perfeito” que até parece que saiu de um filme de Hollywood.
Eles crescem com as diferenças, ao invés de problematizá-las.
Ele sugerem soluções, ao invés de remoer o problema sem direção…
Entendem que as desavenças, assim como as mudanças, são inevitáveis, a fim de se atingir o equilíbrio ideal para ambas as partes.
Além disso, entendem que, para um relacionamento ir para a frente, os dois lados envolvidos precisam estar em evolução constante.
Evoluir é estar aberto a possibilidade de transformar-se, em prol de um objetivo maior.